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Teatro dos Espíritos

O destino
esqueceu
de nós, em
uma sala, quando
nos apaixonávamos
Trova digna dos deuses

Alguém deixou
a luz acesa, 
e foi embora
e não deu por
si

O leite derramou
e não o olharam
ferver

Algum segundo
a mais ou a menos
no tempo, 
não sei bem explicar
Não era pra você
estar ali,
mas não me senti
incomodado

Nessa fissura
nos encontramos
Nessa rachadura
imperceptível
recordamos
um ao outro
o que é o amor

Por esse espaço
se ultrapassou 
alguns beijos
e toques de mãos
e assuntos delirantes

Quando perceberam
não havia mais volta
éramos um, sim
eu tenho certeza
eu sou você, mulher

Tudo se confunde no
arder da paixão
E por essa confusão
imperfeita, perdemo-nos

Mas essa história,
essa sequência de
pequenos erros
Esse engano
diz-me muito bem
o que há em seguida

Fumo, enquanto
aguardo, uma tragada 
por vez, 

Eu vi você
Nas retinas fundas da
minha cara magra
Abriram o portão 
do inferno
O amor liberta
a sensação do espirito
E até hoje não sei 
se é delírio, ou
uma confusão de
reações bioquímicas
ou pior
talvez, eu esteja mesmo
no inferno
Pois ao meu lado 
você não está

Talvez sejamos 
só um
em dois corpos
morrendo
ao redor da terra


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