terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Carnavália

Carnavalia

Em azul ardósia e em uma canção de vinho hora ela na esquina, corria em direção ao taxi mais próximo, com suas faixas em branco, a rua impedia que o veículo parasse, um antigo sedan bem cuidado. Ela perdeu mais um taxi e ficou esperando o próximo, enquanto isso,do outro lado da cidade:

- Estou atrasado! Ele vinha de boca de sino de carnaval em carnaval, com duas cores estampadas na camisa, uma antiga foto de Brigitte, no canto do asfalto caiado e mais a frente uma lixeira condecorada a patrimônio público. A cidade estava novinha em seus tons de brasilis, cadete e aérea .Nesse tempo, na estação:

-Finalmente, entrava ela em um bugre aspargo, foi o melhor que eu pude. Parece que tudo servia de transporte. Mas era para um amigo que ela tinha ligado. E ele até lá foi busca-la.

A cidade estava cheia e logo que saíram do miolo, ela pode ver as cores, primeiro olhou para as ruas e deu de encontro aérea, suspendida pelo bugre aspargo, logo em seguida cruzando o sinal da travessa, uma multidão de cabelos e camisas e o jeans de sempre. As faixadas das construções em tons à tinta, por sua vez uma delas se destacou:

- e veio cá na frente da minha visão, ilumidado de creme, meu cabelo balaçanva naquilo, o bugre!

Quanto ao prédio, o passamos e eu procurava minha Marshmallow na bolsa.Enquanto isso, ele avistou de longe o bugre e ergueu os braços:

- Olhe lá o Josué, disse Felícia.

O bugre saiu da travessia e pegou uma rotatória.No meio a grama parda acabara de ser cortada.Com uma estátua no centro com alguma frase escrita sobre sobe e descer.

-Bom, finalmente nos encontramos!

-Eu ia até a estação. Felícia ficou olhando a camisa coma Brigitte estampada.

-Te pegamos no meio do caminho, disse Alencar

Ele entrou com a boca de sino que agarrou no bugre. Sentou no banco de trás, enquanto isso Alencar ia fazendo Felícia sorrir. 

Ele ligou numa rádio messiânica e por lá ficamos até chegar.

Carnavalia pt 2

Saindo de uma festa à flamenguista, decidiam quem tomaria o taxi, no outro lado da cidade. Ficaram um pouco sem saber o que fazer e logo em seguida, a guria entrou no taxi sozinha e os restante do grupo de Brasil, umas cinco pessoas resolveram ir caminhando.

O taxista, eu perguntei aonde ela iria, conferi a rota e fui guiando. Era noite e entre uma conversa e outra, essa guria me pergunta:

-Você conhece aquele poeta, o que morreu há algum tempo?

-Não. E mandei a quinta de Beethoven.

Estravamos numa reta que daria de encontro a um túnel um pouco longo, pedi pra ela fechar os vidros e liguei o ar do automóvel. Meu carro era antigo, um prata e ainda tinha vidros da janela com maçaneta de rodar. Eu expliquei a ela, dentro do túnel:

- Tá vendo essa sujeira?

-Sim.

- É do motor, a fuligem do carro.

-Para andar num túnel desse tamanho, prefiro queimar um pouco mais de gasosa.

Ela ficou um tempo calada e depois de alguns minutos ainda no túnel, ela perguntou;

-Mas você tem certeza que não conhece o poeta?

-Moça, eu só conheço os clássicos dos clássicos!

-Nada de Poesia?

-Nada!

Tocava Beethoven no meu toca fitas. Eu tinha comprado essa coleção em uma banca de revista, vinha com Haydn, Beethoven, Mozart e Chopin. Eu trabalhava escutando aquilo o tempo todo e já por deveras conseguia saber onde cada movimento estava.

Nesse tempo que estivemos no túnel, a moça pediu a atenção para recitar um dos poemas do então autor, levantou a voz e junto com a música recitou um longo poema de cabeça e perguntou;

-Você conhece esse?

-Não!

Saímos do túnel e as janelas voltaram a se abrir. Ela viu um orelhão e logo quis descer.

-Eu preciso ligar pra casa!

-Moça, você está em um taxi, eu terei de cobrar pela parada.

-Tudo bem!

Em seguida eu parei na esquina de um faixada maná de um bar, havia um segundo andar com uma placa bem grande dizendo o nome do recinto. Ela desceu e eu fiquei de motor ligado vigiando envolta

De lá ela gritou:

-Pode ir

Quando eu cheguei em casa, isso depois das 3:00, fiquei pensando porque a guria recitou um poema tão longo. Eu fui colocando as chaves no lugar, fiquei curioso. Quando liguei a tevê fui saber o resultado da seleção que tinha jogado logo antes da corrida com a guria.

Carnavalia Pt3

Quando o taxista largou a guria no público perto do telefone que era de alguma dessas telefônicas,depois de desligar o telefone e entrar  num diplomata guiado por um velho de cabelos brancos, disse
-Vô, você não acredita na corrida que eu fiz!
- O senhor, continuou nesse carro e olha que ele vai mais que a corrida.
Com roupa de novilho tecido a mão pelo vô, ela sentiu o banco garrando os fios.
-Vô eu não podia ficar com essa peça de roupa e a camisa por baixo.
-Eu perguntei aquele taxista se ele conhecia aquele poeta ,depois do jogo e parece que ninguém conhece e olha que o taxista era um cara culto.
Me deixou em casa e não entrou. Eu fui ao banheiro e me despi para um banho e tirei aquela roupa e fiquei um tempo na água fria. Não tinha ninguém em casa, sei lá onde tinham ido. Sai do banheiro e pus outra roupa. No meio desse tempo o telefone tocou, eu atendi e desci de novo até a porta, o Bugre de Josué,na porta. Era um final de semana comum desse que você encontra a luz do dia, no entanto já era noite.
- Deixei Boca de Sino calado com Felícia, no centro hoje de manhã.
A guria entrou no carro selou, a porta garrou novamente, assim como segurou Boca de Sino.Já era tarde da noite. Parecia um segundo carnaval.Ela contou da corrida e Josué dirigia bem, engatou a primeiro, acelerou e partiu.
Uma semana depois, os quatro se encontraram na parte da tarde em uma tabacaria. Fizeram algum alvoroço por lá, entraram no Bugre e não se ouviu falar deles por um bom tempo.


sábado, 20 de fevereiro de 2021

A história do Janes, um escritor ordinário de comum

Ele abriu a capa do livro, recém comprado, onde havia uma rubrica. Fora a um sarau, e recebeu pessoalmente o autografo das mãos do escritor. Mesmo não sendo muito fã daquele carinha, tinha decidido lê-lo, por que o verão fora interrompido por uma cláusula de contrato, cuja firma o dava licença previa. Não obstante recebia dinheiro todos os meses. Ficou fora do trabalho por 5 anos. Até receber alta e retornar ao trabalho

Doente, ainda assim resolveu ler uma pagina de três livros todos os dias, se dispusesse de mais tempo leria mais, no entanto as obrigações diárias o estimava mais tempo. Quando estava realmente atoa, corria os dedos nas capas de calendário, nas quais havia mulheres seminuas pousando de biquíni. Às vezes destacava uma ou outra que pregava na parede

Era tempo de descanso, ou pelo menos seria, se não se propusesse a se tornar um intelectual, não havia fim em si, somente o descaso que teve quando finalmente entrou na maturidade e pode compreender que a critica era positiva, e tudo que havia estudado fazia sentido. Sendo contrário até a si mesmo, as vezes batia  a cabeça nos armários da cozinha sem querer. Estima alta da razão, que ostentava ainda moço, mas agora apagado pelo destino, e pelo acaso da despensa do trabalho. 

Ficou sóbrio e sozinho, por muito tempo lendo as três páginas. Estava doente, a lastima do verão com calendários de moças de pernas abertas , pensou em abrir uma oficina, pensou em dar aulas, pensou em tudo menos em si quando ficasse velho. Ao sair de bicicletas, uma delas, tomou uma chuvarada e então fez planos para daqui 20 anos, era prazos marcados, assim como na empresa.

Sorriu por não estar autossuficiente outra vez, certa vez trouxe uma garota para casa de sua mãe, fizeram #@$%, e ainda assim descontente, resolveu que traria outra!

-Não terei filhos! Com o proposito da razão.

-Apenas namorarei! Com a estima de todos os anos se grudando em mulheres na rua, e havia parado de beber.

Se desse certo, ou se deu, nunca soube. Voltou a trabalhar antes de completar os anos de loucura, porque estava entediado com o tempo, o tempero da comida, e acabou ficando sem dinheiro. Trabalhou doente pelos próximos 17 anos, se aposentou em um domingo, quando foi que seu tempo de trabalho estourou em hora extra, ninguém pagava mais por elas, só com folgas. Nenhuma mulher o notou as qualidades!

Centro Universitário Pança de Lamaçal

ESTOU CANSADO

DE

SER UMA SUBCATEGÓRIA

EXÓTICA

DOS ESTUDANTES

DE PAMONHA DO  CENTRO

UNIVERSITÁRIO 

PANÇA DE LAMAÇAL

ELES NEM AO MENOS

PERCEBEM 

O QUE FAZEM

SAO METIDOS

A BEÇA


sábado, 13 de fevereiro de 2021

POR QUE QUE AINDA O MESMO?

QUANDO

O HOMEM SENTAVA

DE PERNA

ABERTAS

NO COLETIVO,

EU CRUZEI AS PERNAS

E A MULHER

SE SATISFEZ

UM DIA ELAS CORTARÃO 

SEU ORGÃO EXCRETO/GENITAL

E VOCÊ 

SE SENTE SATISFEITO

Por que que ainda o mesmo?!
-Não diz!
-Quando eu compro cigarros e penso, deus este é o último março!

domingo, 7 de fevereiro de 2021

se eu fosse mulher...

 A promessa lésbia, o perfume de seu buquê, a vida outsider, o incenso na hora H, vela, quarto, ela em mim, eu nela. Elas.- Se eu fosse mulher, eu seria aquela que seu amigo não teve a sorte de pegar -

Guerrá Le Pagiet

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Composição minha no violão de 7 cordas: Chorinho Narciso Negro

Fiz esse Chorinho há muito tempo, deixo aqui no meu blog com uma forma de registro, espero que gostem, além de escrever componho para alguns instrumentos




Rafaello

Trilogia Perpétuo Mútuo Inglório Parte 1 O estado é teocrático e se ganha dinheiro fabricando armas para enviar soldados no espaço... Estado...