quarta-feira, 30 de junho de 2021

O amor é feito pra ser barato

 

Toda essa turbulência

Foi ela quem fez

Engraçado,

Não costumo empenhar

Sequer um níquel

Nessas apostas

De amor

Ela sussurrou

Algumas coisas legais

Em meus ouvidos

Me mostrou

Uns lugares bacanas

E eu logo me apaixonei

No canto do quarto

Do meu quarto

Escrevo poesias

São bolas de papel

Emboladas

Feitas de ansiedade

Que duram

Entre o momento

Da ação e o repouso

Eu até tenho uma

Máquina de escrever

Me ajuda voltar atrás

E a uso quando posso

Mais barato ainda

Já que não aposto

No amor há muito tempo

O tempo dos solteiros

É diferente...

Uma frase parece

Durar

Uma eternidade

E não quero que

Fique nada aqui

Enquanto penso

Nela

Quero que seja tudo

Queimado

Jogado fora, rasgado

Quero cremar a minha arte

E se por ventura

Encontrarem um poema

Meu

Embole e cuspa

E jogue fora

Por que eu só queria

Que ela fosse minha

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Conheci um 

escritor

certa vez

que escrevia 

tão forte

com a máquina

que  inflamava

perseguidas

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Foto Shop



Eu entrei em uma dessas lojas de roupas,
certa vez.
Depois de devagar
na seção masculina,
caminhei pela seção feminina,
pois dava caminho até onde eu pagaria
as 3 calças que me interessaram.
Quando vi aquilo fiquei assustado,
havia mulheres
com as peles mais lisas
que eu já vi na vida.
Rostos intocáveis,
bustos redondos,
bundas empinadas.
No mesmo momento que vi aquilo gritei
onde está toda a gente nesse camarim?
não se vê pessoas
Cicatrizes e feridas, escondidas
Em potes de pó de maquilagem
Parecendo bonecas
Não eram pessoas, as quais
Vi naquele lugar
Mas sim manequins
Trasvestidos de gente

terça-feira, 8 de junho de 2021

Bombom de Chocolate

Não dou exemplo

A resposta certa

Não sou herói

Estou mais pra vilão

É assim que você

Me enxerga?

Então vamos para

O salão

Salão de dança

valsa?

Por que o vilão não dança.

mas o herói sim!

Então eu sou herói

E é você que me

Enxerga

Por entre as batinas

como um vilão

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Crônicas de um amor abandonado na rua

Inale tudo isso,

Meu amor

Então você me chamou

Pelo nome

Aqui contigo

Guardei o último encontro

Como se fosse o primeiro

em que nos conhecemos

La eu serei tudo o que não

Consigo dizer aqui

Se te deslumbras o céu

Apenas para barganhar

A alma de uma mulher

Está no lugar certo

La há solos de guitarra,

Velhas luvas de boxe,

E uma máquina de escrever,

Empunhada por dedos ágeis

E o trovão antes da chuva

É o meu encontro contigo

Somente lá...

Aqui já faz bem um bom tempo

Que não a vejo

Mas não esqueci do nosso trato


Rafaello

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