domingo, 28 de junho de 2020

Eu só sei falar de amor, PO%$A!

JOGUEI TUDO
FORA
DEPOIS QUE ME APAIXONEI
ACHO QUE DEVO DAR DINHEIRO
AOS POBRES
NÃO TENHO MAIS
AMBIÇÃO
ALGUNS DIRIAM
QUE É UMA
SITUAÇÃO CRÍTICA
ELA MEU TIROU DE ÓRBITA
IMAGINE ESSA SITUAÇÃO
ONDE TUDO
É MECÂNICO
SEU DIA SE DIVIDE
EM HORAS
QUE SE DIVIDEM EM MINUTOS
ESSA BAGAGEM CULTURAL
QUE TALVEZ NUNCA
TIVE
AGORA
EU A JOGUEI FORA TAMBÉM
LOGO PENSEI QUE
TALVEZ NO MUNDO
REAL NÃO FOSSE
POSSÍVL FICARMOS
JUNTOS
ENTÃO NÃO ME DESPIDI
DEPOIS ESCREVI COMO LOUCO
PRA ELA
NUMA TENTATIVA DESASTROSA
DE CASAR-ME COM ELA
LOGO EM SEGUIDA
CAI NA REAL
NÃO PASSAREI MAIS UM DIA
SEQUER
DOS QUE PASSEI COM ELA
NA TERRA
NEM AO MENOS IREMOS CONVERSAR
HÁ COISAS QUE SÃO IMPOSSÍVEIS
PARA NÃO SE TORNAREM DESAGRADÁVEIS
ENTÃO REALMENTE PENSO EM ME
MUDAR
E NUNCA MAIS TER UM RELACIONAMENTO
ESPERANDO QUE DEUS
NOS UNA NO FINAL
DAS CONTAS

sábado, 27 de junho de 2020

YOU DON'T OWN ME

CANTEI PARA UNIVERSO
' YOU DON'T OWN ME"
EU QUERIA MORRER
SENDO LARGADO DE UMA NAVE
ESPACIAL
OUTRO DIA, VI O FINAL DA MINHA VIDA
EM UM FILME
COM O GEORGE CLOONEY
ACHEI INTERESSANTE
CLARO QUE NÃO HAVERIA
COMO REPETIR ISSO DE FORMA
REAL
ESTARIA EU DROGADO
APENAS COM AS ROUPAS
DE UM ASTRONAUTA
O AR ACABANDO
E MEU CORPO
SENDO PUXADO EM DIREÇÃO
AO SOL
POR GRAVIDADE,
ACHO QUE É ESSE O NOME DO FILME
AS PESSOAS
AS MANSAS DE CORAÇÃO
COMO OS CATÓLICOS DIZEM
HERDAM O REINO DOS CÉUS
EU ERA REBELDE
COM QUALQUER CORPO
QUE APRESENTASSE MASSA
ACHO QUE SER REBELDE
É DA ESSENCIA DO SER HUMANO
ESTAMOS SEMPRE
BRIGANDO
CONTRA TUDO
PARA CONTINUAR VIVO
ALGUNS CHEGAM AOS CEM ANOS
ESSES SIM SÃO 
OS LIDERES DO MOVIMENTO
É PECULIAR
SER COLOCADO NO MUNDO
E BRIGAR CONTRA SEU CRIADOR
PARA VIVER
E ESSE MESMO CRIADOR DIZER
QUE TU VAI VIVER PRA SEMPRE
NO REINO DO CÉUS
MAS AINDA SOMOS REBELDES 
O SUFICIENTE
PARA PREGAR SEU FILHO
NA CRUZ
E CONTINUAR VIVENDO!
E DIZER;
-AGORA NÃO!

domingo, 21 de junho de 2020

Antonelle e Abasi

Casado com outro, Antonelle, todo verão saia de casa, tomava um ônibus e percorria a avenida principal até chegar ao centro da cidade. Lá, entrava discretamente em um motel, percorria o corredor principal, e reservava um quarto. Subia, tomava um banho, colocava uma lingerie e esperava deitada na cama. Ao passo de meia hora, desesperado Abasi chegava até o gerente, perguntava em qual quarto Antonelle estava. Depois de tropeçar em alguns degraus, chegava a porta do quarto. batia na porta e lá estava Antonelle. Ela abria a porta e fechava. Depois de 5 horas, beirando às 20 da noite, ela saia primeiro e,  logo em seguida Abasi saia.
Antonella voltava pra casa, para seu marido e filhos, enquanto Abasi se reunia com sua família e filhos no outro lado da cidade. Quando completaram 50 anos, e 30 anos com esse tipo de encontro, durante o verão lá estava os dois amantes. Isso ocorreu durante o período de 1945 até 1975. Cinco anos depois Abasi morreu, levando Antonelle à loucura.

sábado, 20 de junho de 2020

DIÁSPORA

EU SENTI AQUELA  SENSAÇÃO
DE QUERER IR EMBORA MAIS UMA VEZ
TALVEZ NOSSOS ANCESTRAIS
SAIBAM EXPLICAR O QUE É A NECESSIDADE
DE CAMINHAR, 
É COM ESSE PENSAMENTO QUE
ME GUIO 
NOS DIAS DE HOJE
E COMO ELES VOU EMBORA

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Teatro dos Espíritos

O destino
esqueceu
de nós, em
uma sala, quando
nos apaixonávamos
Trova digna dos deuses

Alguém deixou
a luz acesa, 
e foi embora
e não deu por
si

O leite derramou
e não o olharam
ferver

Algum segundo
a mais ou a menos
no tempo, 
não sei bem explicar
Não era pra você
estar ali,
mas não me senti
incomodado

Nessa fissura
nos encontramos
Nessa rachadura
imperceptível
recordamos
um ao outro
o que é o amor

Por esse espaço
se ultrapassou 
alguns beijos
e toques de mãos
e assuntos delirantes

Quando perceberam
não havia mais volta
éramos um, sim
eu tenho certeza
eu sou você, mulher

Tudo se confunde no
arder da paixão
E por essa confusão
imperfeita, perdemo-nos

Mas essa história,
essa sequência de
pequenos erros
Esse engano
diz-me muito bem
o que há em seguida

Fumo, enquanto
aguardo, uma tragada 
por vez, 

Eu vi você
Nas retinas fundas da
minha cara magra
Abriram o portão 
do inferno
O amor liberta
a sensação do espirito
E até hoje não sei 
se é delírio, ou
uma confusão de
reações bioquímicas
ou pior
talvez, eu esteja mesmo
no inferno
Pois ao meu lado 
você não está

Talvez sejamos 
só um
em dois corpos
morrendo
ao redor da terra


Iguais minhocas

As pessoas são tão pragmáticas, no séc XXI, que até os amores, são exibicionismos de técnica, sejam elas corporal, ou intelectual.

ELA
ERA VERÃO, HAVERÃO
CONTIGO MEU AMOR
QUE DE LONGE, BEM DISTANTE
TE ENCOBRE, QUANDO SE SENTIRES
SOZINHA, QUANDO TIVERES MEDO
QUANDO FICARES HORRORIZADA
ALGUÉM PENSA EM VOCÊ, MESMO SEM PODER 
SE CASO FICARES SOZINHA,
PARECE TEU ESTILO
ATÉ A MORTE, ALGUÉM TE AMOU

DA MINHA PARTE 
SINTO O PEITO INCHADO
FALTA ME O AR
AS VEZES NÃO COMO
FUMO BASTANTE

ELA ME COLOCOU EM FORMA
ME DEU UM OUTRO AMOR
E DEPOIS QUE ME DEU O TOMOU
E ME DEU OUTRO, LOGO EM SEGUIDA

TALVEZ ARROTE MINHA ALMA
E TODA ESSA CATALOGIA
DO CORPO QUE NÃO CONVÉM DIZER
MAS EU ESTOU AI PERTO DE VOCÊ, 
AINDA ASSIM

ELA
ÀS VEZES TENHO PREGUIÇA
- EU DISSE ISSO A VOCÊ,
ELA NUNCA VERÁ O QUE FOI ESCRITO
SOBRE
ELA
TALVEZ SE SINTA CHATEADA CONSIGO
MESMO, PORÉM SE SOUBESSE
O QUE LHE ESCREVEM

VOCÊ ERA ANTISSOCIAL 
TINHA UMA TATTOO QUE DEIXAVA
ISSO EXPLICITO, ERA CARINHOSA
E ATÉ FALSA, ÀS VEZES
PELOS MEUS OLHOS, MAIS FURTIVOS
PERCEBI QUE ESTAVA GRITANDO 
EM UM NAUFRÁGIO,

NÃO SEI SE TE LIBERTEI, OU SELEI
MAS MEU CORAÇÃO ESTÁ PESANDO
UMA TONELADA DEPOIS DE TE ENCONTRAR
ESCREVEREI ATÉ A MORTE
PARA TE MATERIALIZAR PARA FORA 
DA MINHA MEMÓRIA
E ENTÃO, ASSIM, PODEREMOS NOS 
AMAR IGUAIS MINHOCAS

TENHO A IMPRESSÃO
QUE ESTÁ COMIGO
TALVEZ, VEJA SUA ALMA
PRÓXIMO A MINHA
ENQUANTO MORRO TODO DIA

sábado, 13 de junho de 2020

Sinuca de Bico

Mudar-se
Talvez mude de casa
mude de carro
mude de esposa
Mas não mudo mais
Já alterei minha consciência
demais
Sou consciente em relação as mudanças
E no fim das contas
mudar para outras pessoas...
Isso é tão enfadonho
Se fosse caso de bebida sem cura
talvez sim, mas nem isso
não levanto um copo de cerveja
faz cinco anos, sabe?
Não,não vou mudar mais
mesmo me sentindo só
mesmo me sentindo sem sentido
Meus amigos sabem meu endereço
e a partir de hoje,se quiserem
que me procurem
Cansei dessa maratona
até alcançar-lhes
tão distantes de mim
A minha moça, disse outro
dia, melhore-se
Estou cansado dessa história de
autoconhecimento, melhora interior
e confinamento por esperança
que algo bom surja
Mudar de novo não
Não mais, e tem um porém,
 Já conto 30 anos...
Não sou mais adolescente
que precisa de se autoafrimar
ou outra coisa do tipo
Não, não quero mais mudança
E se me vale a esperança
Irei conquistar tudo
não através da mudança


E mesmo assim...
Não precisam saber disso

As proporções
em que passa a vida
tentando afinar sua personalidade
são inversas a realidade
dos seus atos
Enfim, depois de grande
luta contra a própria natureza
Nos deparamos com as mesmas
atitudes, com poucas significativas
mudanças, a maior parte
da mudança vem da interpretação
de nossos próprios atos,
que não significa uma mudança
real, mas uma nítida colocação
das nossas ações e reações

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Depois da milésima vez
tentando nos
mudar
Algo muito
estranho aconteceu
dessa vez!
Nos ferimos
no entanto
desta vez não doeu

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Ela é fôrma da poesia que sumiu, uma deusa não musa: A Ahealética

Ela é alemã
Eu um aspirante a compositor, jazzista!
então isso diz muito...
diz tanto, que estou a cinco
anos escrevendo, uma promessa
que fiz a mim mesmo
passaria a escrever em nome dela
Ela é a mulher que me faz
acreditar em Deus
simplesmente para que depois
da vida, sem ela
eu possa
encontra-la no paraíso
Se ela não fosse tão insinuante
Se ela não fosse omissiva
Se ela não fosse ela, e se fosse outra pessoa
Mas não, ela passou na minha vida
feito a 5ª sinfonia, louca
louca de óculos largo, um sorriso
cínico e niilista
Pobre coitada, não acreditava nem no Amor!
Agora em toda copa do mundo
eu me divido entre os alemães
e minha seleção,
porém
enquanto eu não acertar minha escrita
com a sua voz, grave de baixo
falando em meus ouvidos
no escuro do cinema
A impotência de mover meus braços
e alcançar sua boca, estupida
E sua série de teatros, em meio ao público
Não descansarei em paz.





terça-feira, 9 de junho de 2020

Tem gente que não gasta dinheiro, desgasta sentimento
Parada cardíaca

Dei uma pancada
no seu coração
para que assim
ele não parasse
você despertou
nos meus braços
depois daquele dia
Te encontrei na rua
caída
Ninguém a via
caída em um passeio
de uma rua movimentada
de um transito sem freio
A pancada
ainda doía
e você disse
que o seu
coração
a partir daquele
dia
seria
meu

sábado, 6 de junho de 2020

O assalto - Conto

Subi a pé a rua que cruzava o Beco dos Corcovas. Eu morava naquela pedaço por cerca de dez anos. Contava 40 anos e tinha decidido sair de lá. Conheci Magdalena e fomos logo pra cama. ela gostava de caras magros. É verdade que eu não tinha muito corpo, tinha os ombros curtos e pernas compridas quase sem carne, no entanto tinha uma cara legal. Magdalena ficou comigo por um bom tempo, ela me dizia que minha transparência em nosso relacionamento era o que a deixava satisfeita. Tentamos ter um filho sem nos casarmos, não sei  se era desculpa para nos casarmos, mas o bebê nasceu morto, Magdalena ficou muito triste, depois disso nunca mais tocou no assunto. 

Quando se tem quarenta anos sua mente fica resolvida em relação ao seu caráter para além de todas as vontades que se reprimia, havia um bom juízo de valor e de vez em quando arriscava algo novo com Magdalena quando transávamos e entre um passo e outro tramava um assalto. Inclusive, Magdalena de 35 anos de muita carne e arrogância uma vez me disse que se quisesse seria atriz porno, iria ganhar muito dinheiro fazendo filmes adultos e me levaria para morar junto dela, foi quando percebi que ela me amava. Seu caráter era um pouco vil e, às vezes, quando entravamos em lojas de conveniência ela roubava algumas latas de cerveja, e as colocava no fundo de sua bolsa. Nessa época, não havia tanta segurança como se tem hoje e da mesma forma que ela roubava as latas de cerveja, arriscava algumas visitas em velórios de pessoas desconhecidas.

Morávamos em uma quitinete alugada, havia um quarto, um banheiro e uma cozinha e do outro lado vizinhos. Do outro lado da porta que dava para um corredor havia mais portas. Do lado esquerdo havia um casal de homossexuais que se comiam  praticamente o dia todo, na frente uma moça que tinha toda a mobília disposta em apenas uma sala bem grande, parecia que tinha companheiro, pois sempre alguém a visitava. No final das contas, descobri que ela era uma prostituta.
Eu trabalhava meio expediente de meio dia  até as seis, ganhava metade de um salário, vivíamos com muito pouco, às vezes Magdalena trazia algum dinheiro oferecido por sua mãe. E era só com isso que nós virávamos.

Certo dia falei com Magdalena

- Ei Magda!
- Fale querido! Disse- me ela com ternura nos lábios
- Estou pensando em mudar de vida, te dar algo mais digino, você sabe o que merece?
Logo em seguida, ela virou seus olhos castanhos claros pra mim e me perguntou o que eu estava tramando.
- O que acha de tramarmos um assalto!!! Disse isso a ela olhando firme em seus olhos.
- Eu prefiro ser puta do que ladra. Me disse com muita veemência! Ela tinha todo esse apelo sexual, inclusive sempre estava querendo transar!

Magdalena me censurou depois disso, e não quis mais ouvir o que eu tinha a lhe dizer, fiquei sozinho, pensando sobre o assunto o restante do dia.Quando percebi já era de noite, Magdalena havia saído e eu estava deitado sob os lençóis da cama de uma cama de casal. Fui até a cozinha e peguei umas caixas de fósforo para ascender meus cigarros, ainda continuava a pensar sobre o assalto.Não tirava isso da cabeça, foi quando Magdalena chegou com uma amiga. Me apresentou sua amiga Consuelo.

- Olá querido!
- Conheci Consuelo, enquanto fui a casa de minha mãe. Ela está noiva do meu irmão. Eu estava apenas de cuecas, foi embaraçoso, mas mesmo assim não perdi a classe, lhe dei logo um abraço e voltei para o quarto!
- Daqui a pouco saiu, deixa eu só colocar uma calça! Enquanto isso Magdalena e Consuelo conversavam. Eu saí do quarto, puxei uma cadeira pra mim e fiquei ouvindo elas falarem sem parar enquanto fumava um cigarro!

Depois de de uma hora conversando, eu decidi cutucar a onça com vara curta e disse:

- Olha só Consuelo, eu estou tramando um assalto, sei que você e seu noive não tem muito dinheiro sobrando e então, pensei em colocar vocês dois junto comigo e a Magda. Consuelo olhou friamente pra mim, como se duvidasse de minha capacidade, foi então que Magdalena entrou no discurso.
- Olha só Consuelo, eu disse pra ele que isso é loucura, tá? Consuelo ficou sem responder por um período de segundos, e soltou a voz
- O que vocês estão planejando roubar? Magdalena notou o interesse da amiga e ficou surpresa. Foi ai que eu disse:
- Magdalena tem costume de ir a velórios de pessoas desconhecidas, eu há muito tempo estou planejando sair dessa fossa onde moramos. Se a gente conseguisse assaltar um velório muito cheio e seguíssemos assaltando velórios repentinamente, renderia um bom dinheiro.
- Mas, homem do céu, as pessoas em velórios não vão com dinheiro. Disse Magdalena! Então eu disse!
- Vamos assaltar enquanto os carros estão nas ruas, a gente rouba um carro, e no próximo rouba outro, depois vendemos para um qualquer.
- Aqui no beco dos corcovas tem muito gente querendo comprar carro!
-Então você quer assaltar um carro! disse Consuelo!
- É isso ou vocês trabalharem como prostitutas. Disse sério olhando a fumaça do cigarro subir para o teto da quitinete e se espalhar.

No dia seguinte, Consuelo acordou, ela havia dormindo em um colchonete, logo em seguida Magdalena acordou e me acordou com o barulho que fazia.Fomos pra cozinha  comer e depois disso voltamos pra sala. Consuelo já estava de saída.

- Eu já estou de saída, iriei falar para Marcos, meu noivo e ver se ele topa!
- Não tenha pressa. Eu disse, logo depois de mim Magdalena desaconselhou Consuelo, dizendo:
- Não entre nessa ideias, ele é maluco!

Consuelo saiu e depois de uma hora eu também saí, fui para o trampo de meio expediente. Quando cheguei depois das seis, Magdalena estava deitada, só de calcinhas na cama, fui logo pra cima dela.

Depois de dois meses Consuelo retornou, já havia se casado e agora pensava realmente em assaltar carros de velório.Eu expliquei pra ela o que iriamos fazer, disse que enquanto os carros estavam com o pisca alerta bem devagar, chegaríamos no último carro da fileira, não teria como ela acelerar o carro e todo o restante dos carros iriam em bora, enquanto o último era assaltado. Magdalena iria para o velório e observaria se notaram alguma coisa e depois disse:
- Eu e você vamos com duas armas que tenho guardada aqui na quitinete, nunca pensei em usa-las, as guardava apenas por segurança, pois o Beco dos Corcovas era bem perigoso.
Ela topou fazer parte da história, e deixamos Magdalena procurar um velório para então fazermos o assalto.

No dia que fizemos o assalto, Magdalena vestiu uma roupa preta e seguiu a caminho do então velório. Ela descobriu que um Marajá com muita fortuna havia falecido e a família abastada iria acompanhar o cortejo até o lugar
- Só vai haver carros importados, são todos ricos! Me disse.
-Eu disse a ela para tomar cuidado, enquanto limpava e carregava a arma de Consuelo ,e logo em seguida a minha
Fomos a pé na rua e com as armas dentro das calças, Consuelo usava um tomara que caia e uma calça jeans bem  apertada. Eu fui de camisetas e uma bota .Caminhávamos no meio fio e se via atrás o cortejo se aproximando!
- Fique atenta Consuelo, os carros jã estão vindo!
- Estou super nervosa.
Mais a frente os carros começaram a se enfileira perto de um sinal de transito, foi nesse momento que pulamos na frente do último carro e apontamos a arma. O restante dos carros começaram a se preparar para arrancar e o último era abordado por mim e Consuelo.
- Saiam do carro, disse eu e a Consuelo!!
Eles não se mexiam e já começava a abrir espaços entre os carros, mas como eram muitos demorariam mais uns 30 segundos.
-Saiam do carro! Apenas os carros do velório e algumas poucas pessoas estavam na rua!
- Pensaram que estávamos vendendo algo durante o intervalo do sinal!

Foi quando Consuelo se desesperou e deu um tiro na janela, quebrando o vidro  e pegando de raspão nas coxas da moça que ia ao lado do motorista. Depois disso, eles se renderam, abriram as portas do carro e saíram. Os carros agora estavam um pouco a frente, mas ninguém olhou para trás. Depois de descerem, um homem de cabelos lisos em um terno preto e a moça com um vestido bonito das cores cinza e preto ficaram no meio da rua. Nós pulamos no carro , e eu saí dando marcha ré para me distanciar dos donos do carro, não havia ninguém atrás, depois acelerei pra frente e passei o sinal cortando os carros do cortejo.

Quando paramos no Beco dos Corcovas, Magdalena já estava em casa. Ela desceu pra ver o carrão que havíamos roubado, eu e Consuelo.
-Você deu sorte, queridinho! Me dando um beijo na boca bem demorado
-Como vamos vender isso? Indagou Consuelo
-Deixa que eu resolvo o resto!

Depois de três meses, eu e Magdalena tivemos um filho, com o mesmo nome que o meu! Nos mudamos do lugar que morávamos e compramos uma casa próximos a casa de  Consuelo e seu marido. Não roubamos mais nenhum carro!



Fim





terça-feira, 2 de junho de 2020

A maioria dos leitores homens de Bukowski em seus comentários tentam fazer a dama concordar com o machismo exposto por Bukowski e suas coisas obscenas. Apesar de fã de Bukowski, que acho uma literatura quase estritamente masculina, embora haja mulheres que adoram entender o universo masculino e por isso curtem.Mas fazer as damas comuns entenderem as obscenidades que Bukowski escreve como se aquilo confortasse o homem que o lê é absurdo!



Rafaello

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