Monólogo das flores divertidas
Nesse mundo que habita a turbina
de um elefante alfinetando os tímpanos dos meus ouvidos, penso que não seria
aqui o melhor lugar. Porém a situação é pertinente para mim falar sobre meus
obscuros e sombrios traumas, como também, da minha luz que se apagada e ascende
constantemente, mas ninguém se quer alguém coloca os dedos para se queimar. É
intrigante discutir sobre as sensações que venho carregando ao meu lado um
instrumento vazio, que pulsa quando quer falar sozinho. Não respondo. Aliás,
vejo algumas raras figurinhas sendo alvejadas pelo profundo desespero e
inquietação que torna o homem tão fraco quanto uma lesma que deixa seus rastros
mas ninguém consegue enxergar a dificuldade do caminhar
Quando estou em companhia, já
dopado pelo descredito das minhas ações do passado penso que talvez possa
conserta-las mas ainda assim é insuficiente pois as ações do presente me jogam
no futuro e o futuro me relembra o passado. Um caráter ou característica
intrínseca da minha personalidade tão forte.
Prefiro não sair de casa por ter me tornado tão antissocial como uma
porta que só serve para da passagem as outros e alguns se esbarram em mim e
outras batem as pontas dos dedos em mim e assim vejo que com o passar dos anos
essa é a única solução do problema. Quem diria!
Quando estou na rua, ainda
impregnado de substancias toxicas mais novas que meu nascimento penso que ainda
há de chegar o dia que irão criar uma coisa antiga para mim. Sempre fora da
moda e em um passado que reflete pó, ouro e roupas bem desenhadas às espaduas
das mulheres. Um vestido de noiva, só isso. Eu não crio relacionamentos como se
fosse uma substancia que se bebe em dias frios. Prefiro cura-los como queijo,
quarar o sol, deixá-los no vento até que se entendam venham até mim. Isso é
mais fácil do que parece e está tão longe de ser a coisa mais utilizado.
Resolvi passar o um tempo por aqui, Aqui dentro.
Aqui estou seguro, das
enfermidades da humanidade, cólicas, drogas, traição, brigas, conversas
desnecessárias, aborto e joguinhos de seduções que não levam a lugar nenhum,
porém são divertidos. Aprenda!
Aprenda a escrever quando as
coisas estão diferentes, eu me senti igual a pessoas que não tinham hábitos
iguais e assim me tornei igual a eles. Eis a discórdia da humanidade, torna-se
alguém, sempre tentando, cavando buracos, erguendo edifícios, subindo em
degraus cada vez mais altos. Automóveis, gasolina, casas, estradas, avenidas
parques, zoológicos, apartamentos, filhos, casamentos, leis.
Eu realmente não estou acostumado
a isso, interessante me identificar com pessoas que não tem a menor incidência
cultural com a minha. Quando isso acontece se fere ou se mata. Enquanto isso
não acontece comigo, continuo a escrever, pois foi a solução mais heroína que
me deteve na vida.
Escrever para alguém.
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