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 Monólogo - Tratado da Máquina de Escrever e Casa de Músico

Já tentei usar uma máquina de escrever, coloquei seu nome de Lilith e desci logo um murro em cada tecla, para não dizer outra coisa. Naquela época eu estava atrás de um mimeografo, Coisa antiga é comigo mesmo, e me tornei até um colecionador.
Em 2016, comprei um Teodolito, para enfatizar minha formatura e, em especial, porque queria naquela época tentar trabalhar nessa coisa, mas a vida é estranha, Agora debaixo de uma guerra.
Segui logo, não sei se pretendo continuar a apreciar essas coisas, deveria ter tentando mais
A máquina de escrever, porém me veio em mãos emprestada, poxa vei, lembro de ter um brinquedo desses quando era bem menor, e mexia com dinheiro e tudo. Economizei dinheiro e finalmente apareceu uma máquina diferente, chamado computador, estranho eu já tinha pensado em escrever essa história e só agora me remete um fato de quando o computador surgiu veio-me acompanhado de um Motorola, que eu não sabia usar e levava para escola, depois foi um Nokia e surgiu outras marcas, e todo mundo com celular nas mãos e certo sujeito competiu com outro por hegemonia, parecia um príncipe!
Nessa ocasião, a máquina de escrever, ou melhor Lilith ficou aqui comigo e depois foi enviada a dona, que provavelmente a guardou, acho que novamente quando eu voltar a fazer dinheiro com outra coisa, comprarei a Liltih de volta, quando ela sumiu?
Eu fiquei realmente pasmo com os escritores de antigamente, aqui não me chamo de nostálgico por não querer viver no passado, mas sim, escolher as melhores coisas da vida de uma vitória escrita por campeões. Mas as dificuldades, vamos trabalhar!
E com esse trabalhar levei a sério as interpretações que alguns escritores deixaram, sendo eu não tão bom escritor quanto interprete, provavelmente nunca deveria ter colocado um dedo em qualquer tecla ou simplesmente ter somente deixado a banda passar e seguir a vida.
Agora acendo um cigarro como um profissional da área, escolha seu tema, faça um arranjo, será que isso aqui é mesmo profissão, não sei. Ontem à noite tive medo do escuro abri as persianas da janela que quase me confundiram com a novo instrumento que uso para fazer dinheiro, ganho pouco, mas como bem, isso ainda me satisfaz.
Lilith nascerá se Deus quiser, e ela não terá noção das coisas que pode fazer com a cabeça de um homem, embriaga-lo, droga-lo, mete-lo uma ideia na cabeça, talvez ainda casar. Realmente não sei de onde tiraram essa ideia, uma nova regra aqui, outra ali. Mas Lilith, a primeira sempre com corpinho de lata e tudo.
Estarei apaixonado nessa época, como sempre anda meu coração, para qualquer uma de verdade e talvez não me reconheça pois meus cabelos irão mudar até lá. Ainda não sei muito bem com o que estou lidando, mas como da primeira vez, eu também não sabia, e ficaram espiando-me com um poema nas mãos como se eu estivesse pelado.
Naquela época seria interessante retornar algumas ideias, porém percebi que, não há sentimento o bastante para escrever isso, mas sim uma narrativa bizarra que pretendo compreender mais tarde, ainda não é tarde.
Enquanto a vida anda nos asfaltos imagino chumbo e metal aquecido sob plataformas, sendo e aquecidas e se enfiando de baixo da terra, um sol temporal morrendo. Já escuro, contemplo ainda o mesmo homem, pois não sou muito de idolatria.
A máquina será feita da mesma forma, experimentada ou seduzida, assim como Eva. E ainda haverá batalhas, muitas batalhas. E quando deixam um homem pensar livremente, ele faz merda, e quando controlam seus pensamentos alguns preferem a morte, outras também.
A substancia da alquimia, que para mim subtraiu a química e construíram máquinas, o sim, acredito em magia, como sempre acompanhei olhares vermelhos em casa, algumas gracinhas do capeta, talvez imaginadas por uma criança mal amada enquanto criança, mas protegida, por ser um produto necessário, assim como a antiga máquina de escrever!

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